Mil carinhos, a temperatura somada de nós dois com roupas de verão, tapados no cobertor para se safar da ventania lá de fora que adentra as frestras sem pedir licença. Agora eu tô feliz, ele diz. Hiperativa, vou de um assunto a outro, assim como passeio da mão direita pelos cabelos, descendo ao lóbulo da orelha, o queixo, pescoço. É um daqueles momentos em que não precisa se dizer muita coisa porque o corpo já fala o suficiente. Até que a rinite nos pega. Ou, espera, é gripe de ontem ter caminhado quase uma praia e meia sem se importar se o céu estava cinzento e formando nuvens, e o vento, contra nós. Fungo o nariz, enquanto ele espirra. Baita bobagem essas pesquisas sem pé nem cabeça quem apontam que a gente se apaixona por quem tem o sistema imunológico bem diferente do nosso. Afinal, assim como ele fez sarar rapidinho meus sintomas pré-menstruais, prometi muito mulher e com um pouquinho do instinto natural-maternal que toda mulher carrega dentro de si: deixa que eu te cuido. Vou te mimar até te ver bem.
Jantar, filmes, programas dominicais, hora de dormir. Tô mole, escuto. Não tô legal, logo depois. Dói em algum lugar? Me diz o que sente. Vou ali pegar um remédinho, tá? Coloca algo no nariz, assim vai dormir melhor. Puxa a coberta, se destapar só vai te deixar pior. Não dá, tô quente; olha aqui, ó. Me preocupo. Já atacada pela vulnerabilidade dos dias que antecedem o inferno em vermelho, durmo quase nada. Levanto para ir ao banheiro, coisa que tenho feito então com frequência, e é notável a minha insônia que marca presença noite a dentro. Braço que puxa o meu, preocupação quanto a bem querer, ensaiamos dormir como quem não quer se soltar nunca mais porque simplesmente é um dos melhores momentos já existentes, de todas as civilizações passadas, e além de toda e qualquer existência futura. Troco numa boa o instável que era para figurar nas minhas atitudes pelo amor imenso em querer bem quem me quer também. É ele quem me arranca a cara de fechada e colhe o sorriso mais sincero do mundo, curando aos pouquinhos o que era para ser o pior período do mês. Sou eu quem gosta de zelar pacientemente para que ele não se canse demais e acabe descansando para estar bem no restante dos dias. Justíssimo.
Lindo como sempre! E é bem assim, quando estamos junto deles, muitas vezes por pior que seja a nossa situação, queremos cuidar, zelar pelo bem estar dos moços. Mais uma vez me identifiquei! Parabéns!
ResponderExcluirLindo e perfeito! Parabéeens :-)
ResponderExcluiradorei o lance do sistema imunologico diferentes…será que foi por isso? rsrsrs
ResponderExcluirUm doce *-*
ResponderExcluirE não é verdade? Eu, nesses dias tão chatos, melancólicos e de mau humor, trazidos pela tpm, observo uma mudança nele, um espirro, um carinha de dor e já me preocupo. Esqueço de mim e do que está para chegar, só pra cuidar, zelar e mimar ainda mais, aquele que se tornou o motivo do meu sorriso.
ResponderExcluirParabéns guria!
De fato, nada melhor do que poder ter alguém para mimar..e mais que isso, alguém q mime a nós, seja sempre ou de vez em qndo!
ResponderExcluirBelíssimo texto! Continua assim...seu romantismo me inspira a tentar jogar no papel os pensamentos que rodeiam minha mente!
Beixoo
e aguardo pelo próximo ;)
Lindo lindo lindo, adorei. Um amor te ver assim, amando e zelosa. Felicidades sempre para vocês. Beijos"
ResponderExcluirAaaa, e esse amor mais bonito do Brasil? É lindo demais esse mimo recíproco de vocês. E a ordem das palavras, expressando tão bem as situações, que quase viram filmes enquanto eu leio.. Parabéns Camila!
ResponderExcluirQueria isso pra minha realidade, amar, e dar e receber, sem solicitações aceitar o que lhe é dado.
ResponderExcluirQue lindo!
ResponderExcluirZela mesmo flor porque vocês merecem! =)