Então que desenlaço devagar toda a trama dessa história que se desenrola sem nem ao menos ler o manual de instruções - que me surpreenda no caminho. Temo que qualquer atitude mais brusca, frase desconexa, dê defeito e faça sumir qualquer construção de afeto que tenho nutrido, depois de tanto tempo inerte à essa sensação de paz mista com loucura. Porém, contente, carrego pra lá e pra cá a expressão que por mim fala e aos poucos descubro existir: um festival de bom-dia, e tudo bom, sorrisos amplos e disposição - não tanto pelo café, mas sim, por esse sentido maior por trás de tudo que nos faz avançar e palpitar o peito, intuitivo ocasionalmente. E que me fez agir, e tentar, mesmo sem saber, mas sabendo o tempo inteiro, o que suspeitava valer ainda mais que o sabor de uma simples conquista. Aos poucos e atenta a todo e qualquer movimento, é que tenho me libertado do pedestal de ser inalcançável e exigente a que me impus e descido, com os pés firmes no chão, para entrar no carro preto, e fugir do que o cotidiano nos oferece. Sem me entregar totalmente ainda, até saber direitinho e sem engano o que fará você com o que receber, apenas para não iludir. Mesmo sem saber até que ponto se está dentro disso que vivencio, mas ainda com claridade, agradeço. E presente, quando recebemos, requerem ao menos um obrigado. Menina obediente que sou apenas ocasionalmente, tenho o feito e em troca, ganho a consciência livre, solta para correr longo dos assuntos aqui do peito.
Com cuidado para que não se quebre a magia do encanto, e muito menos enjoe, é que tento cultivar o magnetismo que tem em entrar no carro preto e ser elevada a um nível de ventura, harmonia e sorte, assim reunidos, intensos. Sem passado, pra servir como papel determinante, nem futuro, expectativado e logo, tortuoso: o agora é o que mais quero. Daquele meu jeito imediato de sempre, suprida, talvez, como nunca. Porque é na sua tranquilidade imensa que a minha paz se reencontra e recarrega - que desastrada, uma louca, você sabe. Que sente cócegas, e ri das meias, das medíocres pessoas, de tudo. Nesse seu jeito pacato que o meu desatino é fisgado, se abriga, e então, se anula: o bem que você me faz, o que nenhum outro fez, jamais.
é sempre tão lindo o que tu escreve! Que vocês nunca deixem de se sentir como vencedores quando estiverem juntos e também quando a companhia for a saudade. que seja sempre uma vitória diária.
ResponderExcluirÉ, realmente... De suspirar... Seus textos são tão cheios de sentimento. Cê fala da 'cumplicidade' e do amor de uma maneira suave, sem muitas tristeza ou lamúria, mas com algumas notas realistas, claro, porém com esperança. É requintado...
ResponderExcluirT.S. Frank
www.cafequenteesherlock.blogspot.com
Ai dona Camila, é como se tu escrevesse o que eu to sentindo e o que ele, me faz sentir.
ResponderExcluirTão bom me encontrar em teus textos e é impossível, não deixar um comentário te parabenizando.
É incrível como ficamos nessas épocas de amor, dando bom dia fácil, sorrindo de repente.. E é igualmente incrível a desenvoltura que você tem pra colocar isso em palavras. Meus parabéns Camila, de coração. Presente é vir aqui ler esses escritos!
ResponderExcluirCamila como você está aqui pra mim sempre,como se soubesse todas as minhas situações.Eu aqui em plena madrugada chorando por amor e lendo palavras que traduzem minha história.
ResponderExcluirEu não tenho outra palavra pra te dizer a não ser OBRIGADA.
http://hilariaoliveira.blogspot.com/
Um dos meus preferidos, de volta.. Adoooro!
ResponderExcluirFalo nada, só me delicio. haha, sua linda :*
Que amor, em verdade MUITO amor. Provavelmente ainda bate uma desconfiança em saber se é mesmo real e o medo de que qualquer coisa possa quebrar o encanto. Já vivenciei, já senti. Muito bonito Camila, que assim permaneça. Beijos
ResponderExcluirMesmo depois de um ano lendo Calmila, ainda consigo sentir meu coração se aconchegar com as tuas palavras. Teu texto tá encantador, parabéns pelo post e pelo amor né guria?! Muita felcidades para vocês dois ((((:
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