- Cadê tu nessas horas? Vem aqui me cuidar..
- Ué..Pensei que o nosso relacionamento tava fadado a não sair do papel, da tela do computador e das mensagens inoportunas. Cadeado numa irrealidade, ilusão. Não existe, sabe?
- Não.
- Admite ao menos que, dentre as outras candidatas à vaga de pessoa mais iludida da década, a minha resposta foi a mais original.
- E a mais defensiva. Os mesmos ataques. Sempre
- As mesmas conversas, sempre; as mesmas atitudes, sempre; as mesmas desculpas, sempre; o mesmo papinho, sempre; e a cega amorosa caí, sempre.
- Não é bem assim. Quando eu estive disposto você fugiu, todas as vezes.
- O castigo pelas minhas fugas já tem durado mais que o necessário. Pega as chaves e abre aí, pô. Deixa eu sair dessa gaiola que acabou se tornando o que era pra ser a gente. Me liberta, vai.
- Voa, então. O que te prende aqui não sou eu, é não ter nenhuma amarra. Descobre o novo e me conta mais tarde, na volta. Volta, sim. Sempre te pego, tu sabe. Às nove, ou dez, de alguma noite entediante.
- Até chegada a vez em que com tanta novidade e conhecimento obtido, cultural ou de vivência, que seja: certas vezes aquilo que encontramos substutuí o antigo, obsoluto e já sem sentido. E voltar então, além de desgastante, pode se tornar tão banal que a mudança de rota é o caminho..
(Assim fosse. Quem dera. E que seja!)
Esse texto parece que está refletindo um pouco do meu momento atual. Pena não ser tão fácil "substutuí o antigo, obsoluto e já sem sentido. E voltar então, além de desgastante, pode se tornar tão banal que a mudança de rota é o caminho." e acabamos voltando para gaiola, não igual, mas voltando.
ResponderExcluirlindo flor, paraebns pelo blog.
ResponderExcluirto te seguindo...
depois da uma olhadinha no meu
http://kalineventura.blogspot.com/
sucesso...
bju
Oi gurias! Fico feliz que tenham gostado..No início não sabia se os diálogos iriam agradar tanto, mas pelo visto acertei na dose..Meus sinceros obrigadas! Vocês são uns anjinhos
ResponderExcluirBeijão
Que legal! Gostei bastante, na verdade, eu gosto de diálogos, aprendi a gostar com o Caio Fernando Abreu e, claro, o "que seja!" também lembrou ele por causa do seu famoso "que seja doce"!
ResponderExcluirparabéns! :)
beijo
Ingrid Brasilino
As mesmas conversas, sempre; as mesmas atitudes, sempre; as mesmas desculpas, sempre; o mesmo papinho, sempre; e a cega amorosa caí, sempre;
ResponderExcluir"O castigo pelas minhas fugas já tem durado mais que o necessário. Pega as chaves e abre aí, pô. Deixa eu sair dessa gaiola que acabou se tornando o que era pra ser a gente. Me liberta, vai."
ResponderExcluirestou pedindo minha liberdade, espero receber. ótimo, como de costume. beijos