[Ajuda, Camila!] Achei o cara perfeito, mas ele é escorregadio

11.04.2015 -



"Camila,

Esse ano sai de um namoro bem merda, com direito a traições e outras coisas bem pesadas. Fiquei um tempo sozinha, sai com alguns caras até conhecer o-que-tem-tudo-haver-comigo. Não quero namorar tão cedo, mas era o mesmo tipo de role, mãozinha dada, mesmo gosto musical e eu me deixei levar. Houve falha de comunicação, e tive que ouvir que eu: cobro. (Depois te ter chamado ele pra sair algumas vezes e ele estar ocupado demais). Nos afastamos, mas não consigo esquecer a parada massa que a gente tinha. Corri atrás algumas vezes, ele até correspondeu um pouco, mas ficou nisso. Não sei mais o que fazer. Ajuda, Camila? 
B."

Ah, como são ótimas as perguntas enviadas que não preciso editar! Obrigada por não abreviar nada, B., obrigada! Vamos ao conselho do dia? Vamos!
Gata, que situação. Mas, vou te dizer: já passei por algumas ciladas parecidas, sim. Os boys andam com medo de se envolver hoje em dia? Se não andam, correm (uma pena, eu sei).

Logo que cheguei em São Paulo, solteira, conheci um cara muito, muito legal. Da forma que adoro fisicamente, gosto musical parecido, mesmas series, papo ótimo. A mesma cede por adrenalina, aventuras e histórias mirabolantes. Na cama, mais que razoável. Dava pro gasto e sobrava, afinal, acho que sexo só melhora conforme a intimidade aumenta. Ficamos juntos algumas vezes, mas notava o bloqueio dele em algo mais profundo. Ele viajava com alguma frequência e acabamos por perder o contato. Mas ele não saia da minha cabeça - e seguia curtindo adoidado minhas coisas nas redes sociais. O que fiz? Chamei ele, na chincha, oras.

Claro, sem autoritarismos ou qualquer lance do gênero; na paz, mas na cara dura. Coloquei na cabeça que se ele ficasse me enrolando novamente, seria pela última vez. Ainda que eu ficasse muito triste e todos os homens do mundo não tivessem 5% daquela graça toda. Saímos, foi tudo ótimo, voltamos a nos pegar com frequência. Cheguei até o nível de dificuldade "apresentar pros amigos" (que me adoraram, inclusive as namoradas do ciclo) da relação. Moral da história? Ele sumiu novamente. Sem explicações, desculpas esfarrapadas ou aviso prévio. Quem era o problema? Ele, lógico.

Falei, falei e falei tudo isso pra dizer: tenta uma última vez. Escreve num papel, jura pras amigas, dê esse crédito a você. Pegue essa chance solitária e o chame para um programa concreto como tomar uma cerveja, ir ver um filme, jantar num japonês. Se houver qualquer enrolação, infelizmente, é hora de zarpar e dar tchau pra esse rolê. Me doeu um pouco na época, admito, mas posso te dizer que na sequência comecei o meu atual (e adorado) emprego e lá conheci uma porção de outros garotos igualmente adoráveis, culturais, gatos e interessantes. Ele, sua moto e amigos ficaram pra trás, ainda que em alguns dias eu recorde com carinho das tatuagens que ele tem e dos bons papos sobre música. A vida segue, gente chega e vaza toda semana, acontece.

Daqui, desejo toda a sorte do mundo pra ti. Torço pra que ele reconheça a mina bacana que você é. Não esquece que o mundo tá lotado de caras legais e que fecham com a gente e, mesmo que demore a um desses aparecer, ficar contigo mesma por um tempinho também me parece boa solução ;)

Beijocas!

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Ei, quer eu responda a sua pergunta também? Mande-a para o meu e-mail, camilapaier@gmail.com ou por mensagem privada por aqui. Respondo uma por dia! Ah, e não esqueça: no máximo QUATRO LINHAS :)

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