Obrigada

5.15.2016 -


Me desculpa, mas por que diabos você me dá corda? Eu sinto vontade de mandar isso e seguro na ponta dos dedos o apertar do Send. Por que não rola? Por que você alimenta a minha imaginação pra, no último minuto, agradecer a minha oferta de diversão tal qual quem se abstém da sobremesa?
Por que ainda não bloqueou meu número? Por que parou de dar dicas sobre Perdizes, bairro onde cresceu e estou hospedada? Por que me apertou até que eu dissesse aquilo que você gostaria de ouvir?
É minha última noite na cidade dos brilhos, vamos passar acordados. Tenho nem 24h mais nessa cidade e queria fechar com a chave dourada que só os caras que exercem algum fascínio sobre a minha mente ingênua possuem.
Obrigada por ter sido cortês, ainda que paulistano bobão típico. Obrigada por ter respondido em meio aos voos e partidas de futebol. Obrigada pela escrotidão prévia pra fingir que termina aqui essa historinha ridícula que perpetua há uns anos.
Toda uma polidez e preocupação em transparecer o cara bom que você reafirma para si mesmo que adoraria ser - que é, mas só no universo de grana, loiras gostosas e camiseta da CBF que arrumou para se distrair. Vazio, leve, oco. De nada.

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