Hoje vou contar um segredo: sou uma medrosa. A maior de todas - que conheço. Dessas que ficam feito menininha com medo de trovão, escondida debaixo do lençol no quarto, das barbáries do mundo. Tão corajosa para o que julgam alguns o impossível, o dificílimo: amar sem medo e questão de retribuição. Mal sabem que é nas mas ínfimas atitudes que me escondo de mim mesma, desse mistério que só relevo quando chegam as respostas. As quais em grande parte das vezes - avisada pela intuição - já sabia. Ou na verdade, a revelação surpreendente do que até então, fingia ser anônimo: o que existe e por pura tolice, ignoramos.
Os resultados são os maiorais, dentre minhas fobias. Reis em minhas preocupações. Todas, em si. Importante, cada uma delas. Se não me fossem, resultados não seriam, e sim: apenas consequências. Então, se envio, é bem possível que adie a vista da réplica. Se falo, posso fingir-me de surda, caso não queira escutar. Jamais deixo de lado uma ação pioneira que seja, porém, nos encantos de cada conquista, me protejo tanto que me assombro. Um temor de se perder o que ainda nem se tem. O alheio nunca conosco é o que seríamos nós mesmos, no caso oposto. Em situações adversas, adversárias.
Esse medo da cota negativa que apresenta a vida, ocasionalmente. Aprender, preciso. Saber que é de alguns nãos, que a vida nos encaminha para que o caminho do sim se aproxime. Deixar que ser destemida seja uma característica presente, e não bipolar. Que mesmo ferida, a fera que habita aqui seja indômita e decidida, mais forte que qualquer recusa, ou negação. Porque pela cota diária que calculo, para balancear e deixar cada dia leve e único, quando vai tudo bem demais, é necessário um choque para que nos mantemos vivos e alertas: agitar a alma é o que capta momentos e ações, o viço de novidade sempre em dia. Sem chance pro medo, que se não ele consome até mesmo os mais enfadonhos sonhos; os indescobertos.
O medo é quase um amigo, um sexto sentido que parece gritar: Terreno perigoso, campo-minado, falsidade.
ResponderExcluirSem contar tanto medo que tenho de trovões, de chuva forte, do escuro que vem com um apagão.
Medos infantis e outros que pareceram amadurecer comigo.
Ah, o medo! É quase que a minha sombra. Medo principalmente, de se entregar a qualquer sentimento que exija um pouco mais de mim, um pouco mais de dedicação e um pouco mais de sinceridade. O medo de sofrer... Mas que quando se dá uma chance para o novo, o medo, mesmo ainda estando lá, já ocupa um espaço bem menor na minha vida. E na casa dos 17 ainda me acompanha o medo do escuro, hahaha.
ResponderExcluir"A Melhor mensagem de Natal é aquela que sai em silêncio de nossos corações e aquece com ternura os corações daqueles que nos acompanham em nossa caminhada pela vida."
ResponderExcluirBeijos!!! Um Feliz Natal!!
Ah, conheci o seu blog hoje e amei. Os texto são perfeitos.
ResponderExcluirTem um novo capítulo da minha web no blog!! Espero que goste assim como eu gosto do seu blog.
Beijos.
rascunho-errado.blogspot.com