Ok, vocês acabaram. Muita dos sonhos que foram planejados em conjunto tiveram que ser refeitos, as rotas de ida e volta parecem sempre poluídas de lembranças lindas (mas que na verdade nem eram tanto) daquilo que parecia ser o amor perfeito, e mesmo com tantas brigas, o baque foi grande: a recuperação demorará, avisa a força de vontade. O sorvete, o chocolate, e um nó no estômago dão agora o sabor incrédulo de quem ficou também com a sensação de derrota. O cobertor quentinho troca de lugar com quem deveria compartilhá-lo, as ruas quando vazias lembram um filme dramático onde a felicidade passa longe e escutar músicas dramáticas com letras tórridas para se afunilar ainda mais a faca no peito tornou-se hobby. Como sobreviver com tanta tristeza no peito?
Ver a morte de um amor é complicado. Nunca encontrar algo que se torne sólido para constituir sentimento, mas ainda. Sobreviver sob o empunho de uma bandeira onde a felicidade primeiro é solitária para depois ser dupla também não é fácil. Porém, noto que algumas pessoas caem numa depressão burra onde fica cada vez mais tumultuoso sair: esquecem as amigas, perseguem o ex, recusam convites diurnos, fazem as escolhas erradas e se embananam cada vez mais num comportamento estranho e distante porque acham que o mundo foi (ou continua sendo) cruel quando deveria dar um abraço. Fica fácil invejar a amiga com um relacionamento que antes julgava bem mais ou menos, sair por aí pegando qualquer coisa, para no domingo ficar o dia inteiro de pijama, refletindo sobre a vida enquanto a agonia do choro é uma constante a cada fim de final de semana.
Chega a dar revolta assistir a tal autodepredação. A tanta desculpa pro que nem ao menos deveria existir. Pro desmerecimento de si mesma só para caber no que qualquer outra pessoa queira: assim, de graça, sem recibo nem nota, muito menos garantia. Pra cair na mesma história um zilhão de vezes e ouvir das amigas todos aqueles conselhos repetidos que não pratica vez alguma. Ciclo vicioso de um alto que dura segundos enquanto o baixo, baixíssimo, se arrasta dias a dentro. Dá um pouco de pena, mas chega uma hora em que ou se aprende um pouco sobre como sobreviver em meio à selvageria humana, ou a decepção é cada vez mais profunda. Digo da falta de esperteza quando há outras alternativas, existe família e dias ensolarados, piscina e amigas, passeios diurnos e um pensamento que foque só naquilo que vale a pena.
Porque é de mulheres inteligentes e bem-sucedidas que conseguem destaque e no resto dos fatores importantes se dão bem que eu falo. Porém, quando se trata de relacionamento, quando o afeto traz consigo intimidade, o é coeficiente zero, o grau é mínimo em se tratando de inteligência emocional, valorização e um pouco de bom senso. E se perguntam sempre e cada vez mais por que elas, por que agora, por que tudo. Quando, na prática, precisam vivenciar a resposta ao invés de questionar repetidamente. Abrir a mente e fazer entrar uma boa quantia de amor próprio e respeito a si mesma, com certeza não faz mal a ninguém.
Teu post vai bem em cima da ferida de quem sofre o baque de um fim de relacionamento, sempre sem medo de falar o que pensa né Camila? E isso é algo que eu admiro muito nos teus posts, a tua sinceridade, tenho certeza que quem lê vai sentir uma pontinha de dor, mas como fazer se é a pura verdade? E não tem coisa melhor nesse momento do que você citou, sim existe sempre outras alternativas vai da força de vontade de cada uma, levantar e voltar a caminhar como antes. :)
ResponderExcluirParabéns!
ai ai...
ResponderExcluirPois é Camila, dizendo tudo que a gente precisa ouvir mais uma vez...
É incrivel como é exatamente assim, principalmente a autodepredação! As pessoas esquecem o mundo ao seu redor e o que podem fazer que lhe gere tanta alegria quanto o que sentia antes. Vai demorar? DEMORA e muito para passar tudo. E a vontade de fazer tudo aquilo denovo demora mais ainda para voltar! É dificil, mas o tempo é rei. Camila teus posts como sempre PERFEITOS! Concordo plenamente com ele, e que continues escrevendo assim! ;D Beijocas
ResponderExcluirFim de relacionamentos são sempre difíceis, queira você esquecer tudo o que passou e conhecer pessoas novas, ou não. Mas realmente é preciso ter em mente que quando todo aquele drama começa a ter consequências prejudiciais á você, é hora de se lembrar do amor próprio. Escrevi uma crônica sobre isso há um tempinho atrás lá no blog também!
ResponderExcluirÉ, não é nem um pouco fácil ver um amor chegar ao fim, ou melhor, o amor do outro chegar ao fim e o nosso permanecer ali, um fantasma.
ResponderExcluirNo início a gente acha que não vai sobreviver, não entende, julga, fica em depressão profunda. Uns dias assim são necessários pras ideias chegarem no lugar, depois de alguém sacudir a cabeça e bagunçar tudo lá dentro.
Mas, se os dias se estendem algo está errado né?
É aí, que a gente precisa resgatar o amor próprio, dar as mãos a ele e juntos subirem os degraus dessa etapa da vida, que acontece sempre e nas melhores famílias, como dizem!
É difícil, como tudo na vida! Mas assistir a dois amores morrerem (o dele e o nosso -próprio), é autodepredação como você mesma disse e ninguém precisa passar por isso simultaneamente.
Vamos lá meninas lindas e inteligentes!
Resgatar a auto estima e vontade de viver mais e mais! Isso só atrai boas energias e pode ter certeza, o cara certo aparecerá mais cedo ou mais tarde pra ser melhor que tudo na vida!
Beijoca grande Camila!
E obrigada por tanto carinho sempre!
Há quase dois anos eu achei que fosse morrer. Morrer de amor, morrer de dor, por conta de um destino mto parecido com esse q vc narrou aí...
ResponderExcluirUm dia eu estava trabalhando com zero vontade, acho q até abri uma pagina qualquer da internet, procurando uma passagem pra qualquer lugar, um destino sabe... e minha estagiaria (q fazia jornalismo), vendo meu desespero, me mandou um texto seu. Eu li, chorei, e chorei e sofri... e venho lendo desde então (é a primeira vez q eu comento). Eu preciso dizer, e hj me pego pensando mto em como explicar isso pras pessoas sem cliches: PASSA.
Eu já senti raiva da alegria das minhas amigas, de seus noivados (sim, depois dos 25 o povo casa) e até de voce Camila, qdo o resumo do post era mto otimista... a dor existe até hj, a dor do q poderia ter sido e não foi....a energia potencial q eu desprendi...pra nada.
Mas hoje eu sou dois anos mais velha, mais madura, mais inteligente e entendi q eu tinha q sofrer tudo, mas não pra sempre.
E que ninguém se engane achando: "dessa agua não beberei mais". Eu conheci um cara legal, eu estou apaixonada e com um medo ainda maior do q qdo eu tinha 20. Porque eu sei que doi perder, eu sei que no "fundo do poço não tem mola" as vezes, mas vale a pena, eu sou alguem mto melhor hj.
Obrigada!
Uau, agora fiquei sem palavras. Para variar, concordo com tu-do. Beijos
ResponderExcluirNossa que blog perfeito, traz inspiração pra qualquer pessoa, mt lindo mesmo, amei, seguindo :D http://meeninamulheer.blogspot.com.br/
ResponderExcluirUm tapa na cara!
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